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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

PROMESSAS

 O começo do ano vem com muitas promessas. 

Tem gente que passa o final de ano novo com cueca amarela para ter dinheiro no ano seguinte: termina o ano endividado.

Mulheres prometem nunca mais serem iludidas: voltam com o ex.

Intelectuais prometem passar no vestibular: são eliminados na primeira fase da FUVEST.

Prometem ler mais: a série da moda do Netflix acaba com todo o seu foco.

Pretendem aprender inglês: após duas ou três semanas desistem do Duolingo ou Babbel. 

Querem aprender cálculo: no final do ano não sabem o que é uma derivada.

Tenta escrever um livro, mas desistem após o primeiro bloqueio criativo.

Pensam em ter paz, mas vivem discutindo futebol e política com os amigos (aliás este é o ano de copa, eleições e o Mundial do Palmeiras).

Emagrecer 18 kg? Emagrece um quilo e meio num mês, no outro engorda o dobro.

Tocar instrumentos ou pintar um quadro? Arranham, desistem ou ficam só no esboço.

Enfim, tantas expectativas e promessas para o ano. Mas e se as pessoas prometem não fazer promessas? 

Já é um tiro pela culatra, pois se prometer não fazer promessas já é uma promessa e aí se vê um paradoxo.

Talvez as promessas sejam um norte para as metas e renovem as esperanças de cada dia, um dia.

Porém, no meio do ano já as esquecemos e ao final do ano fazemos novas promessas, que nada mais são que as promessas antigas com uma nova roupagem. Nada de novo debaixo do Sol.

Desculpe o atraso, mas estive ocupado:tentando cumprir promessas, é claro! Feliz 2022.


Guilherme Felipe Agapto

03/01/2022



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