Veio a notícia, que para quem faz um ato de amor sem a devida
proteção, ressoaria como uma frase “Como é que eu fui fazer uma besteira
dessas”. Ana estava grávida. Ainda não sabia o sexo do feto, mas o exame estava
dando positivo para a gravidez. Ana surpreendera-se com o resultado. Nunca
saberia que tão jovem estava grávida.
Agora a responsabilidade passa para os dois. Eles têm que se
casar. Daí surge a idéia: casamento em São Paulo. Rever os parentes, amigos
dela, mas Rafael não concorda, porque da última vez que fora a São Paulo
recebera uma surra que levou ao hospital e ao atual estado dele.
Começa a conversa entre eles:
-—Rafael, como estou grávida de você pretendo levar a São
Paulo para casar. Será uma festa que reunirá toda a família. —Ana, não posso
casar com você em São Paulo. Tem que ser no Rio de Janeiro. Se João pegar eu de
novo, vai me matar. E se estou há um mês com você e está grávida de dois meses,
tem algum engano.
-—Posso confessar uma coisa? João voltou comigo quando nós
nos separamos e daí flertei com ele, daí a gravidez.
— Tola! Como fizestes isto comigo. Eu pensei que todo o teu
amor era para mim, pode pegar suas coisas e ir embora. Não te quero mais.
—Eu não esperava uma atitude desta de você.
—Como eu esperaria que eu fosse enganado por alguém. Eu já
disse: vai-te.
A partir daí Rafael se separou de Ana, Ana, sem dinheiro e
com as roupas que trazia em seu corpo e nas malas se preparava, não para um
voo, mas para ficar como um barco a deriva e pediu carona a um homem que iria
levá-lo a São Paulo.
Chamava-se Carlos, morava em Campinas, próximo a São Paulo.
Era solteiro, tinha 22 anos, separava se Luana, seu grande amor, e o seu carro
era um carro prata. Ele deu a carona com todas as malas não porque era uma
simples moça, mas por que era linda aos olhos dele e agradável.
—Pare aqui. Por favor... Para onde tu vais? Para algum outro
lugar? Eu quero sair daqui!!!
— Vou levar você. Meu nome é Carlos. Moro em Campinas. Para
onde quer que eu leve você?
—A São Paulo, Carlos. Voltar a minha vida. Separei-me de um
relacionamento. Que não deu certo porque contei que o traí com outro homem.
Fiquei grávida.
— Nossa. Ele largou você e você ficou sozinha? Eu te achei
bonita e se quiser aceitas minhas redes sociais. Tem Facebook?
—Tenho. É Ana Luíza da Silva.
—O meu é Carlos Antônio. Curso direito pela Unicamp.
— Vou adicioná-lo.
E assim, papo vai, papo vem e Ana conhece mais um amor e mais
uma aventura amorosa. Vão em direção a são Paulo para daí prosseguir sozinho
até Campinas, onde mora e estuda. E Ana descobre seu terceiro candidato a
príncipe encantado.
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