Rafael tinha ficado com uma mulher chamada Anita, o que
irritou Ana por causa desta traição tão no início do namoro.
Acabara de ser decepcionada por um relacionamento com uma
pessoa ciumenta, agora terminara parcialmente o relacionamento com um rapaz
“Galinha”.
Anita nada mais era que uma antiga amiga de infância de
Rafael, que ficara tentando esconder este amor antigo que perdurava cerca de
dez anos. Mas Rafael não desistira de Ana, seu amor virtual e liga para ela.
Toca a primeira chamada: ela não atende. Toca a segunda
chamada: ela desliga na cara. Toca a terceira chamada de Rafael e ela atende,
mas receosa do que ele poderia fazer.
—Alô Ana
-—Alô Rafael- disse ela num tom de ressentimento e desprezo
mistos.
— Eu pretendo nesta chamada atentar a dois fatos: você sair
às pressas do Rio de Janeiro e os ciúmes da minha amiga Anita. Eu fiquei
surpreso pela tua atitude de ser tão ciumenta como seu ex-namorado foi com
você. Perdoa-me pelas minhas atitudes. Ela era apenas uma velha amiga de infância:
só isto!
—Está bem Rafael, perdôo você, mas na próxima vez que
levar-me ao Rio de Janeiro não quero ver você com aquela perua. Vou sair de
casa agora. Tchau.
—Tchau. Até a próxima.
E assim ela foi enganada mais uma vez por seu namorado
perdoou-o.
Ela foi muito ousada ao sair sem ele para São Paulo, mas foi
muito ingênua ao perdoá-lo.
São 16 anos de experiências ruins de namoro.
Como foi dito, foi de um homem extremamente ciumento a um
“galinha”, que seduzia as mulheres por onde passavam e tinha amores reais e
virtuais. Mas ela só tinha 16 anos e a busca pelo príncipe encantado
brasileiro, um marido que não trairia nem agrediria ela por ciúmes.
E assim foi o pedido aceito de perdão por Rafael a Ana.
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