Depois de uma cirurgia de hérnia, minha mãe falecera. Na proxima segunda- feira fará três anos de sua morte, neste dia ela faria 52 anos (foi, então em seu aniversário). Os primeiros dias depois de sua morte foram difíceis, porém estava com alguns livros, que passei a ler para esquecer do momento em que passava e sair do estresse. Passei a comer compulsivanente e, por isto, cheguei a 133 kg. Ficava parado, não fazia exercícios físicos.
Aí fiz o que minha mãe costumava fazer: lia "vidas secas" de Graciliano Ramos e outros livros. Eu já lia bastante (li 18 livros em 2017), mas passei a ler muito mais. Via os conselhos sobre leitura de Warren Buffet de ler 500 paginas por dia, como ler cem ou duzentos livros por ano. Resolvi experimentar. Fazia leitura dinâmica e lia quase todos os livros literários e acadêmicos para faculdade. Para ser mais exato li 227 livros.
No ano seguinte, com compromisso com TCC e a escrita com fato de estar mais adaptado, eu deixei de ler tanto: passei para 133 livros. O ano passado foi o da pandemia e senti ainda mais falta de minha mãe, porém como estava fora da faculdade e não tinha mais de onde ou de quem emprestar li somente 61 livros.
A leitura foi tão importante e as lembranças positivas venceram e não preciso tomar tantos remédios: antes tomava 28 comprimidos e agora tomam apenas 11 e apenas uma injeção de 3 em 3 semanas. Com isso minha qualidade vida e cheguei a emagrecer 43 kg e 300 G, com exercício físico, diminuindo a carga de remédio porém concordo que as leituras transformavam o mundo mundo melhor onde é possível tudo.
Assim, em 2020, terminei a faculdade, formando em administração, com uma campanha sem dependências, com o estágio cumprido com boas notas, com aprovação adiantada do tcc e com publicações de livros.
Como no Game of Thrones concordo que quem lê vive mil vidas. E assim superei o luto que assombrou por tanto tempo. Obrigado, mãe por me colocar no caminho certo.
Este ano ainda lerei muito, talvez menos quantidade, mas sempre conservando o hábito de ler e escrever.
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