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terça-feira, 29 de agosto de 2017

O CAMPESINATO BRASILEIRO: UMA HISTÓRIA DE RESISTÊNCIA MARIA DE NAZARETH BAUDEL WANDERLEY (RESENHA CRÍTICA)

O campesinato é uma forma de agricultura em pequena escala. A agricultura é sempre remetida aos grandes produtores, de fazendas com alto envolvimento de recursos tecnológicos e monoculturas. Um exemplo é o caso da soja, uma importante commoditie do Brasil. Porém as figuras de latifúndios e o campesinato são observados de óticas opostas, pois o primeiro era escravocrata e tinha como intuito a agroexportação, primeiramente para Portugal.
Em 1850, foi escrita a lei de terras, na qual as terras seriam compradas, isto é, adquiridas pelos fazendeiros que já tinham, antes disto, o direito à terra e o dinheiro para comprá-la. No espaço de tempo que foi realizada a abolição da escravidão não houve mudanças significativas (os camponeses, que se fixaram em sítios de produção e trabalharam também para os patrões, com ou sem pagamento, ainda não tinham o poder de ter sua própria terra).
A partir da abolição houve uma exclusão dos povos que deixaram de trabalhar nas senzalas ou nos sítios, ao passo que houve também a escravidão por dívidas. Porém houve, já na república, um aumento da produtividade de determinadas culturas, como o café. Entretanto houve uma crise, em 1929 e teve que destruir parte da produção para manter o preço. Enquanto isto, não houve avanços do campesinato.
Já nas décadas de 50 à decada de 70, houve uma mudança no cenário agrícola: a utilização de máquinas para a agricultura e também da ampliação de créditos ao produtor rural. Porém há uma questão agrária neste processo: houve um maciço êxodo rural, já que o camponês, hoje chamado de agricultor familiar, não dispunha de acesso aos créditos que o Estado concedia às grandes produções, especialmente nas monoculturas.
Após este período, na redemocratização, houve programas como o PRONAF (Programa Nacional da Agricultura Familiar) para que, através de créditos e outras medidas poderia melhorar as questões agrárias, como a fome no campo.
Atualmente, há várias características que determinam a agricultura familiar:
1-     Até quatro módulos de ária territorial.
2-     Mão de obra familiar.
3-     Renda proveniente da agricultura familiar
4-     Ser administrado por membros da família
A fome no campo, citada anteriormente, foi diagnosticada, recentemente como:
a-                 Pobreza: incapacidade financeira de comprar os produtos da cesta básica.
b-                 Vulnerabilidade à fome: menos de US$ 1 ao dia.

Ao final de tudo, o campesinato teve uma melhor ênfase, na redemocratização, ou seja, a agricultura familiar passou a ser mais valorizada.

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